Soul Sacrifice
Como o próprio título enfatiza, Soul Sacrifice é um jogo de escolhas morais difíceis. Nesse jogo de PS Vita, a magia não é invocada com feitiços ou pontos de energia, mas com sacrifícios. Você tem dois conjuntos de três tipos de magias diferentes que estão disponíveis a todo tempo, mas cada vez que as conjura, precisa fazer uma oferenda. Se você já tiver perdido tudo, não tem com o quê lutar.
Mas não se preocupe, porque existem pontos de recarga no mapa, e neles você pode se regenerar. Na demonstração que eu testei na Tokyo Game Show 2012, havia apenas um mapa, sem necessidade de grandes viagens. Todos os monstros apareciam do nada, e não era preciso ficar andando por aí.
O jogo tem uma campanha single player, mas a demo que experimentei era do multiplayer. Uma batalha cooperativa com quatro pessoas ao mesmo tempo, com o objetivo de matar todos os monstros do mapa.
Os jogadores, porém, têm a escolha de ou salvar ou sacrificar cada monstro. A primeira opção cura e melhora a armadura do seu personagem, enquanto a segunda recarrega as suas oferendas e aumenta o dano causado pelas suas magias. Isto também parece se aplicar aos chefes, já que eles também eram humanos.
Quando você luta contra esses monstros, pode ouvir seus choros de agonia e dor. As emoções negativas que eles nutriram durante suas vidas passadas parecem ter amaldiçoado-os e mudado suas formas. Uma das criaturas que eu enfrentei, por exemplo, chorava pelo seu último namorado (que havia sido comido por ela).
No jogo completo, aparentemente, os choros dos monstros se entrelaçam para revelar uma história ainda maior, mas não tive a oportunidade de ler nada em meio às ondas intermináveis de monstros e de sangue voando na tela. Depois de matar o chefe, a sua equipe tem a oportunidade de sacrificá-lo ou salvá-lo, para ganhar bônus diferentes. Infelizmente, trata-se de um sistema de voto e, neste caso, meu time decidiu salvá-la.
A demo já tinha aproximadamente 30 tipos de magia diferentes para você escolher. Uma arma que atira sangue, armadilhas que disparam raios, magias de cura, invocações, e por aí vai. A minha favorita era a armadilha elétrica, que tinha uma área de efeito tão grande que eu não sabia dizer se era mesmo uma armadilha ou um míssil teleguiado. De vez em quando, os jogadores têm a opção de usar a chamada “magia de suicídio”, que permite usar uma magia muito mais poderosa ao preço da própria vida.
Depois de soltar essa magia, o jogador fica com muito pouca vida sobrando, além de receber penalidades nos atributos por tempo limitado. Em um desses feitiços suicidas, o jogador virou uma tocha humana.
Outra escolha interessante que Soul Sacrifice apresenta é salvar seus companheiros ou não. Quando outro jogador morre, você tem a opção de revivê-lo, dando a ele metade da sua energia, ou sacrificá-lo para ativar uma magia devastadora. Quando você escolhe a opção B, seu aliado morre permanentemente e vira um fantasma. Ele pode, enquanto isso, encarar monstros para diminuir seus atributos. Ou só ficar vendo você se ferrar, como castigo.
A grande variedade de magias faz com que o jogo seja bastante divertido e inovador, enquanto o sistema de moral parece até mudar o tipo de chefe que aparece, o que deve ser justificativa o suficiente para jogar mais de uma vez. Eu não diria que Soul Sacrifice é revolucionário, mas jogar com outros três amigos (que não se importem em serem sacaneados) torna esta uma ótima novidade na biblioteca do Vita.